Penélope Sharmosa
Educação Ensinos Fundamentais, Médio Universitário. APOIO PSICOPEDAGÓGICO E METODOLÓGICO e DIDÁTICO PEDAGÓGICO A PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO ESTUDANTES, PAIS. DIVERSIDADE DE livros , artigos, LEGISLAÇÃO, DIDÁTICO e concursos. Professora Psicopedagoga Clínica Institucional Simonne Machado. Atendimento on line: fan page Eu tô voltando para a escola @Simonne_Machado
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quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014
domingo, 23 de fevereiro de 2014
O que é o TDAH: Transtorno do Déficit de Atenção
O que é o TDAH?
O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é um transtorno neurobiológico, de causas genéticas, que aparece na infância e freqüentemente acompanha o indivíduo por toda a sua vida. Ele se caracteriza por sintomas de desatenção, inquietude e impulsividade. Ele é chamado às vezes de DDA (Distúrbio do Déficit de Atenção). Em inglês, também é chamado de ADD, ADHD ou de AD/HD.
O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é um transtorno neurobiológico, de causas genéticas, que aparece na infância e freqüentemente acompanha o indivíduo por toda a sua vida. Ele se caracteriza por sintomas de desatenção, inquietude e impulsividade. Ele é chamado às vezes de DDA (Distúrbio do Déficit de Atenção). Em inglês, também é chamado de ADD, ADHD ou de AD/HD.
Existe mesmo o TDAH?
Ele é reconhecido oficialmente por vários países e pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Em alguns países, como nos Estados Unidos, portadores de TDAH são protegidos pela lei quanto a receberem tratamento diferenciado na escola.
Não existe controvérsia sobre a existência do TDAH?
Não, nenhuma. Existe inclusive um Consenso Internacional publicado pelos mais renomados médicos e psicólogos de todo o mundo a este respeito. Consenso é uma publicação científica realizada após extensos debates entre pesquisadores de todo o mundo, incluindo aqueles que não pertencem a um mesmo grupo ou instituição e não compartilham necessariamente as mesmas idéias sobre todos os aspectos de um transtorno.
Por que algumas pessoas insistem que o TDAH não existe?
Pelas mais variadas razões, desde inocência e falta de formação científica até mesmo má-fé. Alguns chegam a afirmar que “o TDAH não existe”, é uma “invenção” médica ou da indústria farmacêutica, para terem lucros com o tratamento.
No primeiro caso se incluem todos aqueles profissionais que nunca publicaram qualquer pesquisa demonstrando o que eles afirmam categoricamente e não fazem parte de nenhum grupo científico. Quando questionados, falam em “experiência pessoal” ou então relatam casos que somente eles conhecem porque nunca foram publicados em revistas especializadas. Muitos escrevem livros ou têm sítios na Internet, mas nunca apresentaram seus “resultados” em congressos ou publicaram em revistas científicas, para que os demais possam julgar a veracidade do que dizem.
Os segundos são aqueles que pretendem “vender” alguma forma de tratamento diferente daquilo que é atualmente preconizado, alegando que somente eles podem tratar de modo correto.
Tanto os primeiros quanto os segundos afirmam que o tratamento do TDAH com medicamentos causa conseqüências terríveis. Quando a literatura científica é pesquisada, nada daquilo que eles afirmam é encontrado em qualquer pesquisa em qualquer país do mundo. Esta é a principal característica destes indivíduos: apesar de terem uma “aparência” de cientistas ou pesquisadores, jamais publicaram nada que comprovasse o que dizem.
Veja um texto a este respeito e a resposta dos Professores Luis Rohde e Paulo Mattos:
O TDAH é comum?
Ele é o transtorno mais comum em crianças e adolescentes encaminhados para serviços especializados. Ele ocorre em 3 a 5% das crianças, em várias regiões diferentes do mundo em que já foi pesquisado. Em mais da metade dos casos o transtorno acompanha o indivíduo na vida adulta, embora os sintomas de inquietude sejam mais brandos.
O TDAH se caracteriza por uma combinação de dois tipos de sintomas:
1) Desatenção
2) Hiperatividade-impulsividade
O TDAH na infância em geral se associa a dificuldades na escola e no relacionamento com demais crianças, pais e professores. As crianças são tidas como "avoadas", "vivendo no mundo da lua" e geralmente "estabanadas" e com "bicho carpinteiro" ou “ligados por um motor” (isto é, não param quietas por muito tempo). Os meninos tendem a ter mais sintomas de hiperatividade e impulsividade que as meninas, mas todos são desatentos. Crianças e adolescentes com TDAH podem apresentar mais problemas de comportamento, como por exemplo, dificuldades com regras e limites.
O TDAH na infância em geral se associa a dificuldades na escola e no relacionamento com demais crianças, pais e professores. As crianças são tidas como "avoadas", "vivendo no mundo da lua" e geralmente "estabanadas" e com "bicho carpinteiro" ou “ligados por um motor” (isto é, não param quietas por muito tempo). Os meninos tendem a ter mais sintomas de hiperatividade e impulsividade que as meninas, mas todos são desatentos. Crianças e adolescentes com TDAH podem apresentar mais problemas de comportamento, como por exemplo, dificuldades com regras e limites.
Em adultos, ocorrem problemas de desatenção para coisas do cotidiano e do trabalho, bem como com a memória (são muito esquecidos). São inquietos (parece que só relaxam dormindo), vivem mudando de uma coisa para outra e também são impulsivos ("colocam os carros na frente dos bois"). Eles têm dificuldade em avaliar seu próprio comportamento e quanto isto afeta os demais à sua volta. São freqüentemente considerados “egoístas”. Eles têm uma grande freqüência de outros problemas associados, tais como o uso de drogas e álcool, ansiedade e depressão.
Já existem inúmeros estudos em todo o mundo - inclusive no Brasil - demonstrando que a prevalência do TDAH é semelhante em diferentes regiões, o que indica que o transtorno não é secundário a fatores culturais (as práticas de determinada sociedade, etc.), o modo como os pais educam os filhos ou resultado de conflitos psicológicos.
Estudos científicos mostram que portadores de TDAH têm alterações na região frontal e as suas conexões com o resto do cérebro. A região frontal orbital é uma das mais desenvolvidas no ser humano em comparação com outras espécies animais e é responsável pela inibição do comportamento (isto é, controlar ou inibir comportamentos inadequados), pela capacidade de prestar atenção, memória, autocontrole, organização e planejamento.
O que parece estar alterado nesta região cerebral é o funcionamento de um sistema de substâncias químicas chamadas neurotransmissores (principalmente dopamina e noradrenalina), que passam informação entre as células nervosas (neurônios).
Existem causas que foram investigadas para estas alterações nos neurotransmissores da região frontal e suas conexões.
Existem causas que foram investigadas para estas alterações nos neurotransmissores da região frontal e suas conexões.
Os genes parecem ser responsáveis não pelo transtorno em si, mas por uma predisposição ao TDAH. A participação de genes foi suspeitada, inicialmente, a partir de observações de que nas famílias de portadores de TDAH a presença de parentes também afetados com TDAH era mais freqüente do que nas famílias que não tinham crianças com TDAH. A prevalência da doença entre os parentes das crianças afetadas é cerca de 2 a 10 vezes mais do que na população em geral (isto é chamado de recorrência familial).
Porém, como em qualquer transtorno do comportamento, a maior ocorrência dentro da família pode ser devido a influências ambientais, como se a criança aprendesse a se comportar de um modo "desatento" ou "hiperativo" simplesmente por ver seus pais se comportando desta maneira, o que excluiria o papel de genes. Foi preciso, então, comprovar que a recorrência familial era de fato devida a uma predisposição genética, e não somente ao ambiente. Outros tipos de estudos genéticos foram fundamentais para se ter certeza da participação de genes: os estudos com gêmeos e com adotados. Nos estudos com adotados comparam-se pais biológicos e pais adotivos de crianças afetadas, verificando se há diferença na presença do TDAH entre os dois grupos de pais. Eles mostraram que os pais biológicos têm 3 vezes mais TDAH que os pais adotivos.
Os estudos com gêmeos comparam gêmeos univitelinos e gêmeos fraternos (bivitelinos), quanto a diferentes aspectos do TDAH (presença ou não, tipo, gravidade etc...). Sabendo-se que os gêmeos univitelinos têm 100% de semelhança genética, ao contrário dos fraternos (50% de semelhança genética), se os univitelinos se parecem mais nos sintomas de TDAH do que os fraternos, a única explicação é a participação de componentes genéticos (os pais são iguais, o ambiente é o mesmo, a dieta, etc.). Quanto mais parecidos, ou seja, quanto mais concordam em relação àquelas características, maior é a influência genética para a doença. Realmente, os estudos de gêmeos com TDAH mostraram que os univitelinos são muito mais parecidos (também se diz "concordantes") do que os fraternos, chegando a ter 70% de concordância, o que evidencia uma importante participação de genes na origem do TDAH.
A partir dos dados destes estudos, o próximo passo na pesquisa genética do TDAH foi começar a procurar que genes poderiam ser estes. É importante salientar que no TDAH, como na maioria dos transtornos do comportamento, em geral multifatoriais, nunca devemos falar em determinação genética, mas sim em predisposição ou influência genética. O que acontece nestes transtornos é que a predisposição genética envolve vários genes, e não um único gene (como é a regra para várias de nossas características físicas, também). Provavelmente não existe, ou não se acredita que exista, um único "gene do TDAH". Além disto, genes podem ter diferentes níveis de atividade, alguns podem estar agindo em alguns pacientes de um modo diferente que em outros; eles interagem entre si, somando-se ainda as influências ambientais. Também existe maior incidência de depressão, transtorno bipolar (antigamente denominado Psicose Maníaco-Depressiva) e abuso de álcool e drogas nos familiares de portadores de TDAH.
B) Substâncias ingeridas na gravidez:
Tem-se observado que a nicotina e o álcool quando ingeridos durante a gravidez podem causar alterações em algumas partes do cérebro do bebê, incluindo-se aí a região frontal orbital. Pesquisas indicam que mães alcoolistas têm mais chance de terem filhos com problemas de hiperatividade e desatenção. É importante lembrar que muitos destes estudos somente nos mostram uma associação entre estes fatores, mas não mostram uma relação de causa e efeito.
C) Sofrimento fetal:
Alguns estudos mostram que mulheres que tiveram problemas no parto que acabaram causando sofrimento fetal tinham mais chance de terem filhos com TDAH. A relação de causa não é clara. Talvez mães com TDAH sejam mais descuidadas e assim possam estar mais predispostas a problemas na gravidez e no parto. Ou seja, a carga genética que ela própria tem (e que passa ao filho) é que estaria influenciando a maior presença de problemas no parto.
D) Exposição a chumbo:
Crianças pequenas que sofreram intoxicação por chumbo podem apresentar sintomas semelhantes aos do TDAH. Entretanto, não há nenhuma necessidade de se realizar qualquer exame de sangue para medir o chumbo numa criança com TDAH, já que isto é raro e pode ser facilmente identificado pela história clínica.
E) Problemas Familiares:
Algumas teorias sugeriam que problemas familiares (alto grau de discórdia conjugal, baixa instrução da mãe, famílias com apenas um dos pais, funcionamento familiar caótico e famílias com nível socioeconômico mais baixo) poderiam ser a causa do TDAH nas crianças. Estudos recentes têm refutado esta idéia. As dificuldades familiares podem ser mais conseqüência do que causa do TDAH (na criança e mesmo nos pais).
Problemas familiares podem agravar um quadro de TDAH, mas não causá-lo.
F) Outras Causas
Outros fatores já foram aventados e posteriormente abandonados como causa de TDAH:
1. corante amarelo
2. aspartame
3. luz artificial
4. deficiência hormonal (principalmente da tireóide)
5. deficiências vitamínicas na dieta.
2. aspartame
3. luz artificial
4. deficiência hormonal (principalmente da tireóide)
5. deficiências vitamínicas na dieta.
APROVADO NA COMISSÃO DE EDUCAÇÃO - DIA 05/06/2013 - PROJETO DE LEI 7081/10
O Projeto de Lei 7081/10, que dispõe sobre o diagnóstico e o tratamento do TDAH e Dislexia na educação básica, foi aprovado em três Comissões no Senado Federal e, agora, só faltam mais duas para que seja reconhecido como Lei Federal.
O Projeto foi aprovado no dia 05/06/2013, na Comissão de Educação da Câmara, segue para a Comissão de Finanças e Tributação e, por último, para a Comissão de Constituição e Justiça. Na última etapa será enviado para a Presidência da República para ser sancionado.
Agora falta pouco!
Depois de passar por 5 Comissões, 3 no Senado e 1 na Câmara, agora estamos na reta final.
Parabéns para todas as pessoas com TDAH e Dislexia do Brasil que tem lutado incansavelmente ao nosso lado nos últimos 3 anos.
Nós da ABDA nos orgulhamos muito de vocês, voluntários de todo o Brasil.
Clique aqui para ver o vídeo com a aprovação do Projeto na Comissão de Educação
Clique aqui para ver o último substitutivo do Projeto.
TABELA COM O RESUMO DOS PROJETOS DE LEI E AÇÕES PÚBLICAS SOBRE TDAH:
Projeto de Lei Federal - 7081/2010 - Deputada Federal Mara Gabrilli (SP)
O projeto de Lei 7081/2010, de autoria do Senador Gerson Camata (PMDB), cuja relatoria é da Deputada Federal Mara Gabrilli (PSDB - SP), tem por objetivo instituir, no âmbito da educação básica, a obrigatoriedade da manutenção de programa de diagnóstico e tratamento do TDAH e da Dislexia. O projeto já foi aprovado no senado e faltam apenas 3 comissões para ser aprovado na Câmara dos Deputados.
O projeto estabelece que as escolas devam assegurar aos alunos com TDAH e Dislexia acesso aos recursos didáticos adequados ao desenvolvimento de sua aprendizagem, e que os sistemas de ensino garantam aos professores formação própria sobre a identificação e abordagem pedagógica.
Projeto de Lei nº 710/2010 - Rio de Janeiro - Vereador Tio Carlos
Câmara Municipal do Estado do Rio de Janeiro.
Sancionado pelo prefeito da cidade do Rio de Janeiro no dia 29/05/2012 e publicado no Diário Oficial no dia 30/05/2012
Lei nº 6.308/2018 - Rio de Janeiro - Claise Zito
Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro
Inclui no calendário oficial do Estado do Rio de Janeiro, a Semana Estadual de Informação e Conscientização do Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade - TDAH
Projeto de Lei Federal nº 909/11 - Relator Deputado Federal Dr. Aluizio (RJ)
ENEM - Exame Nacional do Ensino Médio 2012 garante atendimento diferenciado a portadores de TDAH durante a prova.
Leia o edital clicando aqui.
Leia mais especificamente o regulamento de número 2 do Edital (do atendimento diferenciado e específico), artigo 2.2.1.1 que contempla as pessoas com TDAH.
Senado Federal
Emenda apresentada pelo Senador Paulo Davim (PV/RN) ao novo Código Penal - Punição para pessoas que discriminam portadores de Transtornos Psiquiátricos (Psicofobia)
Constituição Federal :
É o principal instrumento jurídico de defesa dos direitos das pessoas com alguma disfuncionalidade ou deficiência no Brasil. Além de garantir a todos o direito à igualdade, à dignidade, à não-discriminação e à educação, a Constituição trata de medidas importantes como o direito à inserção no mercado de trabalho, a reserva de vagas em concursos públicos e a previsão de eliminação de barreiras para que todos tenham acesso a Educação.
Declaração Universal dos Direitos: 10 de Dezembro de 1948
Considerando que o reconhecimento da dignidade inerente a todos os membros da família humana e de seus direitos iguais e inalienáveis é o fundamento da liberdade, da justiça e da paz no mundo, Considerando que o desprezo e o desrespeito pelos direitos humanos resultaram em atos bárbaros que ultrajaram a consciência da Humanidade e que o advento de um mundo em que os homens gozem de liberdade de palavra, de crença e da liberdade de viverem a salvo do temor e da necessidade foi proclamado como a mais alta aspiração do homem comum, Considerando essencial que os direitos humanos sejam protegidos pelo Estado de Direito, para que o homem não seja compelido, como último recurso, à rebelião contra tirania e a opressão, Considerando essencial promover o desenvolvimento de relações amistosas entre as nações, Considerando que os povos das Nações Unidas reafirmaram, na Carta, sua fé nos direitos humanos fundamentais, na dignidade e no valor da pessoa humana e na igualdade de direitos dos homens e das mulheres, e que decidiram promover o progresso social e melhores condições de vida em uma liberdade mais ampla, Considerando que os Estados-Membros se comprometeram a desenvolver, em cooperação com as Nações Unidas, o respeito universal aos direitos humanos e liberdades fundamentais e a observância desses direitos e liberdades.
Clique aqui para ver a Declaração Universal dos Direitos
Estatuto da Criança e do Adolescente: 13 de julho de 1990
Lei 9.394 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional: 20 de dezembro de 1996
Convenção de Guatemala: 28 de maio de 1999
Dispõe sobre a prática da discriminação e afirma que é discriminatório, e portanto passível de punição pela lei Federal nº7.853/89, "toda diferenciação, exclusão ou restrição baseada em deficiência, consequência de deficiência anterior ou percepção de deficiência presente ou passada, que tenha o efeito ou propósito de impedir ou anular o reconhecimento, gozo ou exercício por parte das pessoas com deficiência de seus direitos humanos e suas liberdades fundamentais".
Convenção da ONU sobre os Direitos da Criança: 20 de novembro de 1989
Tendo em conta que a necessidade de proporcionar à criança uma proteção especial foi enunciada na Declaração de Genebra de 1924 sobre os Direitos da Criança e na Declaração dos Direitos da Criança adotada pela Assembléia Geral em 20 de novembro de 1959, e reconhecida na Declaração Universal dos Direitos Humanos, no Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos (em particular nos Artigos 23 e 24), no Pacto Internacional de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais (em particular no Artigo 10) e nos estatutos e instrumentos pertinentes das Agências Especializadas e das organizações internacionais que se interessam pelo bem-estar da criança.
Convenção Ibero-Americana dos Direitos dos Jovens: 01 de outubro de 2005
As Partes, conscientes da transcendental importância para a humanidade em contar com instrumentos como a "Declaração Universal dos Direitos Humanos; o "Pacto Internacional dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais"; o "Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos"; a "Convenção sobre a Exclusão de Todas as Formas de Discriminação Racial"; a "Convenção sobre a Exclusão de Todas as Formas de Discriminação contra a Mulher "; a "Convenção sobre os Direitos da Criança "; a "Convenção contra a Tortura e outros Tratamentos ou Penas Cruéis, Desumanos ou Degradantes"; bem como outros instrumentos aprovados pelas Nações Unidas e pelos seus organismos especializados e, por sistemas de proteção dos direitos fundamentais da Europa e da América, que reconhecem e garantem os direitos da pessoa como ser livre, una e digna.
Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência: 01 de dezembro de 2006
Relembrando os princípios consagrados na Carta das Nações Unidas, que reconhecem a dignidade e o valor inerentes e os direitos iguais e inalienáveis de todos os membros da família humana como o fundamento da liberdade, da justiça e da paz no mundo; Reconhecendo que as Nações Unidas, na Declaração Universal dos Direitos Humanos e nos Pactos Internacionais sobre Direitos Humanos, proclamou e concordou que toda pessoa faz jus a todos os direitos e liberdades ali estabelecidos, sem distinção de qualquer espécie;
sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014
Lição de amor...
Após 60 anos juntos, casal morre de mãos dadas com horas de diferença
Caso aconteceu em Nova York, nos Estados Unidos.
Eles estavam em hospitais diferentes e foram reunidos antes de morrerem.
Um casal de idosos que passou 60 anos juntos morreu de mãos dadas, com apenas algumas horas de diferença no início deste mês em Nova York, nos Estados Unidos, segundo o jornal “New York Daily News”.
Ed Hale, de 83 anos, havia prometido à mulher, Floreen Hale, de 82 anos, que nunca a deixaria. Ele permaneceu ao lado dela mesmo após ela morrer, e acabou morrendo 36 horas depois.
Os dois se conheceram em 1952. Floreen estava em uma festa com seus amigos pela primeira vez desde que havia sofrido um acidente de carro, que matou seu primeiro marido – ela estava casada havia apenas seis meses.
Ed prometeu cuidar de Floreen pelo resto da vida, e os dois nunca se separaram.
No fim de janeiro, entretanto, a promessa feita pelo homem de cuidar de sua mulher até o fim quase foi quebrada quando ele foi hospitalizado devido a um problema na perna, considerado grave pelos médicos.
Ed pediu para ver sua mulher, sem saber que ela também havia sido internada em um outro hospital com problemas no coração. Seu estado também era considerado grave.
O homem ficou inconformado. “Ele disse ‘preciso ver sua mãe, preciso falar com sua mãe. Estou morrendo, eu preciso vê-la’”, contou Renee Hirsh, filha do casal. “Foi o pior dia da minha vida.”
O hospital onde Ed estava internado concordou em transferi-lo caso suas condições de saúde melhorassem. Dois dias depois, isso foi possível, e ele foi levado para o hospital onde Floreen estava.
Os dois foram instalados em camas colocadas uma ao lado da outra. Floreen pareceu confusa ao perceber que seu marido havia chegado. “Ela achou que ele talvez já tivesse morrido”, contou a filha do casal.
Os dois trocaram juras de amor novamente, deram as mãos, e alguns minutos depois Floreen morreu. Ed permaneceu ao seu lado, e sua condição se deteriorou. Após 36 horas, ele também morreu. Os dois foram enterrados juntos no dia 13 de fevereiro.
***As grandes lições não constam em livros didáticos: mas na vida...que ainda existe e não percebemos...
Penélope Sharmosa
quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014
Mãe pede para escola reprovar aluno de 10 anos que não sabe ler
Estudante de pedagogia diz que não quer que filho seja aprovado sem saber.
Direção de escola em Cuiabá alega que retenção não está prevista pelo ciclo.
Frequentar a escola regularmente para aprender a ler e a escrever não tem dado certo para um dos alunos da Escola Estadual Malik Didier Namer Zahafi, no Bairro Pedra 90, em Cuiabá. Uma estudante de pedagogia, mãe de um aluno de 10 anos, disse ter implorado para a direção da unidade de ensino reprová-lo. O menino está no quinto ano do 'Ciclo de Formação Humana', que corresponde à quarta série do ensino fundamental, mas não sabe ler, nem escrever.
"Ele só sabe copiar do quadro, então acho melhor retê-lo do que aprová-lo sem que ele apresente condições para isso", disse ao G1. Ela afirmou ter exposto a situação durante reunião realizada recentemente entre a assessoria pedagógica da Secretaria Estadual de Educação (Seduc) e pais de alunos, mas a resposta foi que não poderiam retê-lo, pois o sistema de ensino não permite. "Eles [direção da escola] dizem que ele [filho]
19/02/2014 09h32 - Atualizado em 19/02/2014 18h28
Mãe pede para escola reprovar aluno de 10 anos que não sabe ler
Estudante de pedagogia diz que não quer que filho seja aprovado sem saber.
Direção de escola em Cuiabá alega que retenção não está prevista pelo ciclo.
Pollyana AraújoDo G1 MT
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Entrada da Escola Estadual Malik
Didier (Foto: Jonathan Cosme/ TV Centro América)
Didier (Foto: Jonathan Cosme/ TV Centro América)
Frequentar a escola regularmente para aprender a ler e a escrever não tem dado certo para um dos alunos da Escola Estadual Malik Didier Namer Zahafi, no Bairro Pedra 90, em Cuiabá. Uma estudante de pedagogia, mãe de um aluno de 10 anos, disse ter implorado para a direção da unidade de ensino reprová-lo. O menino está no quinto ano do 'Ciclo de Formação Humana', que corresponde à quarta série do ensino fundamental, mas não sabe ler, nem escrever.
"Ele só sabe copiar do quadro, então acho melhor retê-lo do que aprová-lo sem que ele apresente condições para isso", disse ao G1. Ela afirmou ter exposto a situação durante reunião realizada recentemente entre a assessoria pedagógica da Secretaria Estadual de Educação (Seduc) e pais de alunos, mas a resposta foi que não poderiam retê-lo, pois o sistema de ensino não permite. "Eles [direção da escola] dizem que ele [filho] aprenderá no tempo dele, mas não acho normal. O que será do futuro do país?", questionou.
Ela trabalha na escola onde o filho estuda na função de auxiliar de limpeza e, segundo ela, esse não é um problema apenas do seu filho. "Tem muitos alunos em situação pior ainda, porque já estão no 7º ano e não sabem ler, nem escrever", disse. Ela contou que o filho só consegue escrever se estiver copiando do quadro, mas não consegue entender o que escreve. É como se estivesse desenhando. O garoto é filho único.
A escola em que ele estuda obteve a menor média no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2012 em Mato Grosso. A unidade foi fundada há 22 anos e até 2011 só oferecia a Educação para Jovens e Adultos (EJA) como modalidade de ensino.
O secretário da unidade de ensino, José Carlos Oliveira, afirmou ao G1 que o sistema de ciclos determina que o aluno não pode ser retido. "Ocorre que nas escolas 'cicladas', independentemente do aluno saber ou não, ele não pode ser retido, porque também existe a questão de idade e série", disse. Ele deu como exemplo um caso que ocorreu no ano passado, quando a escola recebeu um aluno da rede municipal que tinha 13 anos e fazia a 4ª série, mas a escola não pôde matriculá-lo nessa série e o 'elevou' à 8ª série.
"É culpa do sistema, porque a escola não faz milagres. Por mais que tenhamos vontade de ajudar o aluno, ele pulou as fases de aprendizagem", afirmou. Ele disse ter tirado dúvidas com a Seduc quanto à questão desse aluno, especificamente, e a resposta que recebeu foi de que tinha que seguir o sistema. "Em alguns casos, a culpa também é da família. Tem casos em que o aluno não é matriculado no tempo certo e, quando o Conselho Tutelar descobre, obriga os pais a colocá-lo na escola, mas às vezes causa um desequilíbrio psicológico no aluno ao ver que os colegas mais novos sabem mais do que ele", avaliou Oliveira.
Ele citou a média obtida pela Malik Didier no Enem, em 2012, como resultado desse método de ensino. Explicou que, dos 21 alunos que fizeram o Exame, 20 eram da Educação para Jovens e Adultos (EJA), que também não reprova os alunos. "São alunos que passaram 20 anos sem estudar e concluíram o ensino médio em um ano e se saíram mal, até porque a EJA não reprova", disse. Segundo ele, o sistema exige somente que o aluno tenha 75% de presença para ser aprovado. "Isso é ruim para as escolas. Em São Paulo tinha esse tipo de ensino e foi revogado", comentou.
Para a coordenadora de Ensino Fundamental da Seduc, Aparecida de Paula, a situação do menino é delicada, mas não é permitida a retenção de nenhum aluno até o final do terceiro ciclo e ele está no segundo ciclo. "O normal é que a criança aprenda no processo de aprendizagem, mas a questão de ficar retido não está prevista no ciclo", afirmou. Conforme a coordenadora, a política da não-reprovação tem o intuito de fortalecer o trabalho pedagógico, mas que dependendo da situação de cada aluno é designado um professor para acompanhá-lo.
Ela avalia que a capacidade cognitiva varia entre os alunos. "Está prevista uma compreensão cognitiva das crianças. Se a criança está no ciclo, ela não precisa ficar retida, porque cada uma tem a capacidade cognitiva a seu tempo", argumentou. "Se uma criança de seis anos estiver à frente das demais, não precisa ficar amarrada aos colegas de seis anos."
(Fonte G1 - 19/02/2014)
**De fato a LDB não prevê a retenção nos primeiros ciclos da educação, entretanto a sociedade já cansada do que lhe é "jogado": pessoal desqualificado, sem o mínimo de instrução para a leitura, escrita, cálculo acarretando em profissionais absolutamente defasados, desqualificados, despreparados o que consequentemente corrobora em em sociedade mais violenta e voraz.
Despreparados, jovens não não aceitos no mundo do trabalho,acabam por abraçar as "oportunidades fáceis e sem esforço" alimentando à violência crescente e desfreada que revolta e nos intimida a cada minuto.
Não há dúvida que a EDUCAÇÃO É BASE PARA UMA SOCIEDADE IGUALITÁRIA, ENTRETANTO, É URGENTE QUE NÃO SEJA , AO CONTRÁRIO QUE PREGAM AUTORES E PSEUDO EDUCADORES E POLÍTICAS DEMAGOGAS AO AFIRMAREM A IGUALDADE DE ACESSO E PERMANÊNCIA AO ENSINO DE QUALIDADE.
Infelizmente, a Educação de qualidade existe para a camada da sociedade que , investem na nos estudos de seus filhos, o que não é natural perante a lei, uma vez que esta prevê que todos terão direitos iguais de acesso e permanência, o que é demagogia e fraude intelectual.
Muito me anima, ao ver uma estudante de pedagogia com consciência social e moral e lutando contra esta hipocrisia já enraizada entre todos.
Não, ela não está só, o caso dela não é único... Entretanto temos absurdos maiores: alunos do 3º ano do Ensino Médio que mal sabem escrever o nome, isto, particularmente vejo com frequente tristeza.
Esta notícia alarma à sociedade? A nós educadores representa nossa voz,nosso grito de desespero, nossa súplica: O PROFESSOR / EDUCADOR NÃO É RESPONSÁVEL, VISTO QUE SEGUE, CUMPRE UM PROGRAMA ERRÔNEO, ENGANOSO E DEMAGOGO IMPLANTADO POR NOSSAS POLÍTICAS E POLÍTICOS.
Sejamos UNIDOS, estejamos juntos neste coro que implora por uma EDUCAÇÃO DE FATO INCLUSIVA, DEMOCRÁTICA E DE QUALIDADE!
Penélope Sharmosa