Te olho nos olhos e você reclama
Que te olho muito profundamente.
Desculpa,
Tudo que vivi foi profundamente...
Eu te
ensinei quem sou...
E você foi me tirando...
Os espaços entre os
abraços,
Guarda-me apenas uma fresta.
Eu que sempre fui livre,
Não
importava o que os outros dissessem.
Até onde posso ir para te
resgatar?
Reclama de mim, como se houvesse a possibilidade...
De me
inventar de novo.
Desculpa...se te olho profundamente,
Rente à
pele...
A ponto de ver seus ancestrais...
Nos seus traços.
A ponto
de ver a estrada...
Muito antes dos seus passos.
Eu não vou separar as
minhas vitórias
Dos meus fracassos!
Eu não vou renunciar a
mim;
Nenhuma parte, nenhum pedaço do meu ser
Vibrante, errante, sujo,
livre, quente.
Eu quero estar viva e permanecer
Te olhando
profundamente."
...
Professora Psicopedagoga Simonne Machado