quarta-feira, 5 de outubro de 2011

MORRE um LENDA... Steve Jobs-fundador-

Perde-se  gênio da atualidade....
Maldita doença que mata o doente e consome a volta, quem já quem teve algum ente nesta situação, sabe do que estou falando....

http://g1.globo.com/tecnologia/noticia/2011/10/morre-steve-jobs-fundador-da-apple.html

Morre Steve Jobs, fundador da Apple

Criador da Apple impôs visão de simplicidade no mercado da tecnologia.Da experiência com drogas às brigas, conheça a trajetória do empresário.

Do G1, em São Paulo
Steve Jobs (Foto: Moshe Brakha/AP)

Steve Jobs, fundador da Apple, morre aos 56 anos nos Estados Unidos (Foto: Moshe Brakha/AP)

Morreu nesta quarta-feira (5) aos 56 anos o empresário Steven Paul Jobs, criador da Apple, maior

empresa de capital aberto do mundo, do estúdio de animação "Pixar" e pai de produtos como o

Macintosh, o iPod, o Iphone e o IPad.

Idolatrado pelos consumidores de seus produtos e por boa parte dos funcionários da empresa que

fundou em uma garagem no Vale do Silício, na Califórnia, e ajudou a transformar na maior

companhia de capital aberto do mundo em valor de mercado, Jobs foi um dos maiores defensores da

popularização da tecnologia. Acreditava que computadores e gadgets deveriam ser fáceis o suficiente

para ser operados por qualquer pessoa, como gostava de repetir em um de seus bordões prediletos, que era "simplesmente funciona" (em inglês, "it just works"). O impacto desta visão foi além de sua companhia e ajudou a puxar a evolução de produtos como o Windows, da Microsoft.



A luta de Jobs contra o câncer desde 2004 o deixou fisicamente debilitado nos anos de 


maior sucesso comercial da Apple, que escapou da falência no final da década de 90 para 

se transformar na maior empresa de tecnologia do planeta. Desde então, passou por um 

transplante de fígado e viu seu obituário publicado acidentalmente em veículos importantes 

como a Bloomberg. Há 42 dias, deixou o comando da empresa.


Foi obrigado a lidar com a morte, que temia, como a maioria dos americanos de sua 

geração, desde os dias de outubro de 1962 que marcaram o ápice da crise dos mísseis 

cubanos. "Fiquei sem dormir por três ou quatro noites porque temia que se eu fosse dormir 


não iria acordar", contou, em 1995, ao museu de história oral do Instituto Smithsonian.


"Ninguém quer morrer", disse, posteriormente, em discurso a formandos da universidade 

de Stanford em junho de 2005, um feito curioso para um homem que jamais obteve um 


diploma universitário. "Mesmo as pessoas que querem ir para o céu não querem morrer 


para chegar lá. E, por outro lado, a morte é um destino do qual todos nós compartilhamos. 


Ninguém escapa. É a forma como deve ser, porque a morte é provavelmente a melhor 

invenção da vida. É o agente da vida. Limpa o velho para dar espaço ao novo."


Homem-zeitgeist


A melhor invenção da vida, nas palavras do zen-budista Jobs, deixa a indústria da 

tecnologia órfã de seu "homem-zeitgeist", ou seja, o empresário que talvez melhor tenha 

capturado a essência de seu tempo. Jobs apostou na música digital armazenada em 

memória flash quando o mercado ainda debatia se não seria mais interessante proteger os CDs 

para fugir da pirataria.
Home da Apple (Foto: Reprodução)


Na página da Apple, foto em homenagem ao 
fundador (Foto: Reprodução)

Ele acreditou que era preciso gastar poder computacional para criar ambientes gráficos de fácil utilização enquanto as 

gigantes do setor ainda ensinavam usuários a editar o arquivo "AUTOEXEC.BAT" para configurar suas máquinas. Ele viu a 

oportunidade de criar smartphones para pessoas comuns ao mesmo tempo em que o foco das principais fabricantes era 

repetir o sucesso corporativo do BlackBerry.

Sob o comando de Jobs, a Apple dizia depender muito pouco de pesquisas de mercado. “Não dá para sair perguntando às 

pessoas qual é a próxima grande coisa que elas querem. Henry Ford disse que, se tivesse questionado seus clientes sobre 

o que queriam, a resposta seria um cavalo mais rápido", afirmou, em entrevista à revista "Fortune" em 2008. Em 2010, 

quando perguntado sobre quanto a Apple havia gasto com pesquisa com consumidores havia sido feito para a criação do 

iPad, Jobs respondeu que "não faz parte do trabalho do consumidor descobrir o que ele quer. Não gastamos um dólar com 

isso."

Nem sempre esta habilidade garantiu o sucesso da Apple, como na primeira versão da Apple TV, computador adaptado para 

trabalhar com central multimídia que não conseguiu um volume de vendas relevantes. Mas Jobs conseguia minimizar os 

fracassos: no caso da Apple TV, ele dizia que se tratava de um "hobby", um projeto pessoal que não fazia tanta diferença 

nos planos da empresa.


Perfeccionista e workaholic, Jobs gostava de controlar todos os pontos da produção da Apple, resistindo, inclusive, à 

decisão de terceirizar gradativamente a fabricação dos produtos da companhia para fabricantes chineses - plano proposto e 

executado pelo agora novo comandante da companhia, Tim Cook, e que se mostrou acertado.


Conhecido como um “microgerente”, nenhum produto da Apple chegava aos consumidores se não passasse pelo padrões 

Jobs de qualidade e de excentricidade. Isso incluía, segundo relatos, o número de parafusos existentes na parte inferior de 

um notebook e a curvatura das quinas de um monitor. No dia do anúncio de que Jobs estava deixando o comando da Apple, 

Vic Gundotra, criador do Google Plus, contou que recebeu uma ligação do presidente da Apple no domingo para pedir que 


fosse corrigida a cor de uma das letras do ícone do atalho do Google no iPhone.


Steve Jobs anunciou que deixará cargo de presidente da Apple (Foto: Reuters)


Steve Jobs durante apresentação de produto
da Apple nos EUA (Foto: Reuters)

Na busca por produtos que fossem de encontro com seu padrão de qualidade pessoal, Jobs era criticado em duas frentes. 

Concorrentes e boa parte dos consumidores que tentavam fugir da chamado "campo de distorção da realidade" criado pela 

Apple reclamavam das diversas decisões que faziam dos produtos da companhia um "jardim fechado", incompatíveis com o 

resto do mundo e restritos a normas que iam além de restrições tecnológicas. Tecnicamente sempre foi possível instalar 

qualquer programa no iPhone, mas a Apple exige que o consumidor só tenha acesso aos programas aprovados pela 

companhia.


Internamente, entre alguns de seus funcionários, deixou a imagem de "tirano". Alan 


Deutschman, autor do livro “The second coming of Steve Jobs", afirma que, ao lado do 

"Steve bom", o mago das apresentações tão aguardadas pelo didatismo e 


capacidade de aglutinar o interesse do consumidor, também existia o “Steve mau”, um 


sujeito que gostava de gritar, humilhar e diminuir qualquer pessoa que lhe causasse algum 


tipo de desprazer.


Ao jornal “The Guardian”, um ex-funcionário que trabalhou na Apple por 17 anos comparou 


a convivência com Steve com à 


sensação de estar constantemente na frente de um lança-chamas. À revista “Wired”, o 


engenheiro Edward Eigerman afirmou: “mais do que qualquer outro lugar onde já trabalhei, 


há uma grande preocupação sobre demissão entre os funcionários da Apple”. A mesma 


publicação contou que o diretor-executivo não via problemas em estacionar sua Mercedes 


na área da empresa reservada aos deficientes físicos -- às vezes, ele ocupava até dois 


desses espaços.


Jobs também sempre precisou de um "nêmesis", um inimigo que ele satanizava e 


ridicularizava em público como contraponto de suas ações na Apple. 


O primeiro alvo foi a IBM, com quem disputou o mercado de computadores pessoais 

principalmente no início dos anos 80. Depois, a Microsoft, criadora do MS-DOS e do 


Windows. Mais recentemente, Jobs vinha mirando o Google, gigante das buscas na 


internet cujo presidente chegou a fazer parte do conselho de administração da Apple, e 


que investiu no mercado de sistemas 


para smartphones com o Android. Jobs ordenou que a Apple lutasse, mesmo que 


judicialmente, contra o programa que ele considerava um plágio do iOS, coração do 


iPhone e do iPad.


Steve Jobs (Foto: Kimberly White/Reuters)

Steve Jobs (à direita), ao lado do antigo sócio

Steve Wozniak (Foto: Kimberly White/Reuters)


Do LSD ao Mac


O sucesso empresarial de Jobs é ainda um dos principais resquícios da transformação da 


contracultura dos anos 60 e 70 em mainstream nas décadas seguintes. A companhia que 


hoje briga para ser a maior do mundo foi fundada após Jobs ir à Índia em 1973 em busca 


do guru Neem Karoli Baba. O Maharaji morreu antes da chegada de Jobs, mas o 


americano dizia que havia encontrado a iluminação no LSD.


"Minhas experiências com LSD foram uma das duas ou três coisas mais importantes que 


fiz em minha vida", disse, em entrevista ao "New York Times". Depois, afirmou que seu 


rival, Bill Gates, seria "uma pessoa (com visão) mais ampla se tomasse ácido uma vez". O 


LSD foi a mesma droga que fascinara o inventor do mouse e precursor do ambiente 


gráfico, Douglas Englebart, cerca de dez anos antes de Jobs.


Coincidentemente foram o mouse e o ambiente gráfico os inventos que chamaram a 


atenção de Jobs na fatídica visita ao laboratório da Xerox em Palo Alto, em 1979. É uma 


das histórias mais contadas e recontadas do Vale do Silício, e as versões variam entre 


acusações de espionagem industrial à simples troca pela Apple de patentes que a Xerox 


não teria interesse em desenvolver por ações da companhia, que abriria seu capital no ano 


seguinte.


Fato é que a equipe de Jobs voltou da visita encantada com a metáfora do "desktop" 


utilizada pelo Xerox Alto. A integração entre ícones representando cada uma das funções 


do computador, acessadas por meio de uma seta comandada por um mouse, foi a base do 



Apple Lisa e, posteriormente, do Macintosh.
Steve Jobs (Foto: Robert Galbraith/Reuters)


Steve Jobs, em uma das últimas aparições à frenteda Apple (Foto: Robert 

Galbraith/Reuters)


Com o "Mac", enfim, Jobs conseguiu colocar em prática a visão de que havia desenvolvido 


em parceria com o amigo e sócio Steve Wozniak, responsável pela criação das soluções 


técnicas que fizeram dos primeiros computadores da Apple máquinas que mudaram o 


cenário da computação "de garagem" que vinha se desenvolvendo nos Estados Unidos 



nos anos 70. Agora, 8 anos após a fundação da empresa, Jobs e "Woz" apresentavam um 


computador que não era feito para "o restante de nós".


"Algumas pessoas acreditam que precisamos colocar um IBM PC sobre cada escrivaninha 


para melhorarmos a produtividade. Não vai funcionar. As palavras mágicas especiais que 


você precisa aprender são coisas como 'barra Q-Z'. O manual para o WordStar


processador de texto mais popular, tem 400 páginas. Para escrever um livro, você precisa 


ler um livro - e um que parece um mistério complexo para a maioria das pessoas", afirmou 


Jobs em entrevista publicada pela Playboy americana de fevereiro de 1985.


Na frase, Jobs demostra que queria enfrentar a IBM, gigante nascida no início do século e 


que, depois de dominar o mercado de servidores corporativos, queria tomar também o 


setor de computadores pessoais. Para ele, as máquinas da IBM eram feitas "por 


engenheiros e para engenheiros", e havia a necessidade de criar algo para o "restante", 


ou, como diria a famosa campanha "Pense diferente" da Apple de 1997, um computador 


para "os loucos, os desajustados, os rebeldes (..), as peças redondas encaixadas em 


buracos quadrados".


Saída da própria empresa


Mas o sucesso do Mac - que viria posteriormente a impulsionar 


a adoção de ambientes gráficos até mesmo entre os computadores da IBM (com o 


Windows, criado pela Microsoft) - não evitou que Jobs acabasse demitido de sua própria 


companhia. 


As disputas internas entre equipes que queriam investir no mercado 


corporativo e as que apostavam apenas no consumidor fizeram com que John Sculley


vindo da Pepsi à convite do próprio Jobs, convencesse o conselho de administração de 


que era hora da empresa se livrar de seu fundador.


Durante a década em que esteve fora, Jobs fez dois investimentos que acabaram, de 


maneiras diferentes, alavancando o mito em torno de seu "toque de midas". No primeiro, 


pagou US$ 10 milhões pela problemática divisão de computação gráfica da LucasFilm


empresa de George Lucas responsável por franquias do cinema como Star Wars e Indiana 


Jones. A nova empresa foi batizada de Pixar, e após emplacar sucessos como “Toy story”


“Vida de inseto”, “Monstros S.A.” e “Procurando Nemo”, acabou sendo adquirida pela 


Disney por US$ 7,4 bilhões em 2006. No processo, Jobs se transformou no maior acionista 



individual da companhia de Mickey Mouse.


O outro investimento foi a semente não apenas do retorno de Jobs à Apple, mas teve 


relação direta com o surgimento da World Wide Web, invenção que impulsionou o 


crescimento da internet no mundo. Com a NeXT, Jobs desenvolveu computadores 


poderosos indicados para o uso educacional e desenvolvimento de programas. Um 


terminal NeXT foi usado por Tim Berners-Lee como o primeiro servidor de web do mundo 


em 1991. 

Em dezembro de 2006, a Apple adquiriu a NeXT, manobra que serviu para incorporar 

t
ecnologias ao grupo e trazer Jobs de volta para o comando da companhia.
Steve Jobs (Foto: Kimberly White/Reuters)Steve Jobs com seu sucessor no comando da
Apple, Tim Cook (Foto: Kimberly White/Reuters)


O retorno de Jobs marca o início de uma era de crescimento para a Apple incomum na história do capitalismo americano. A 

sequência de sucessos - alguns atrelados a mudanças no paradigma de mercados importantes - inclui o MacBook, o 

tocador digital iPod, a loja virtual iTunes, o iPhone e o iPad. A maioria destes produtos veio de ideias impostas pelo próprio 

Jobs. À revista “Fortune”, em 2008, Jobs falou sobre sua tão aclamada criatividade - "sempre aliada ao trabalho duro", como 

ele mesmo enfatizou. "Não dá para sair perguntando às pessoas qual é a próxima grande coisa que elas querem. Henry 

Ford 

disse que, se tivesse questionado seus clientes sobre o que queriam, a resposta seria um cavalo mais rápido."

Nesta segunda passagem, Jobs reforçou ainda o legado de um empresário ímpar, que impunha uma visão holística na 

criação, desenvolvimento e venda de seus produtos, Do primeiro parafuso ao plástico que embalaria a caixa de cada 

aparelho, passando por custo, publicidade, estratégia de vendas.


Sigilo na vida pessoal

A mesma discrição que Jobs impunha na vida profissional - os lançamentos da Apple sempre foram tratados como segredo, 

aumentando a gerar um movimento de especulação que acabava servindo como publicidade gratuita - foi adotada em sua 

vida pessoal. Por isso, a luta do executivo contra o câncer no pâncreas foi tratada com muito sigilo, dando margem a uma i

nfinidade de boatos.


Em 2004, Jobs fez tratamento após descobrir um tipo raro da doença. Durante o ano de 2008, Jobs foi aparecendo cada vez 

mais magro e os boatos aumentaram, até que ele anunciou em janeiro de 2009 seu afastamento da diretoria da empresa para 

cuidar da saúde. No início de 2011, novo afastamento, até que, em agosto, Jobs deixou de vez o comando da Apple. "Eu 

sempre afirmei que se chegasse o dia em que eu não fosse mais capaz de cumprir minhas obrigações e expectativas como 


CEO da Apple, eu seria o primeiro a informá-los disso. Infelizmente, este dia chegou", afirmou, em comunicado.
Steve Jobs apresenta o iPhone 4, em junho de 2010 (Foto: Robert Galbraith/Reuters)S

teve Jobs apresenta o iPhone 4, em junho de
2010 (Foto: Robert Galbraith/Reuters)


A vida reservada fez, por exemplo, que Jobs não tivesse contato direto com sua família 


biológica. Nascido em 24 de fevereiro de 1955 em San Francisco, filho dos então 


estudantes universitários Abdulfattah John Jandali, imigrante sírio e 


seguidor do islamismo, e Joanne Simpson, foi entregue à adoção quando sua mãe 


viajou de Wisconsin até a Califórnia para dar à luz.




Segundo o pai biológico, os sogros não aprovavam que sua filha se casasse com um 


imigrante muçulmano. Lá, ele foi adotado por Justin e Clara Jobs, que moravam em 


Mountain View. Seus pais biológicos depois se casaram e tiveram uma 




filha, a escritora Mona Simpson, que só descobriu a existência do irmão depois de adulta.



Do pai adotivo, herdou a paixão de montar e desmontar objetos. Assim como Paul, Steve 


não chegou a ser um especialista em eletrônicos, mas ao aprender os conceitos 


básicos conseguiu se aproximar das pessoas certas no lugar certo. Vivendo 



no Vale do Silício, conheceu Steve Wozniak, gênio criador do primeiro computador da 



Apple


Trabalhou na Atari até decidir criar, com Woz, sua própria empresa.




Em mais uma conexão com a contracultura, Jobs teria tido um relacionamento de curta 


duração com a cantora folk Joan Baez, ex-namorada do ícone da música Bob Dylan, talvez 


o maior ídolo do empresário.



Casado com Laurene Powell desde 1991, Jobs deixa quatro filhos: Reed Paul, Erin 



Sienna, e Eve, nascidos de seu relacionamento com Laurene, e Lisa Brennan-Jobs, de um 



relacionamento anterior com a pintora Chrisann Brennan.



http://simonnemachado.blogspot.com.br/


Professora  Psicopedagoga Simonne Machado

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Professora Simone Calixto