cuidado! Eu conheço muito bem alguém que caiu e deu tudo o que tinha

Edição do dia 01/11/2011

01/11/2011 08h04 - Atualizado em 01/11/2011 08h04

Consumidores do Rio Grande do Sul caem no golpe do ‘carro não pago’

Os golpistas compram a prazo e pagam até duas prestações. O veículo sai em nome de laranjas ou de pessoas que nem desconhecem o negócio.

Quem procura um carro usado não está livre de armadilhas. Se ele custa muito menos que o valor de

mercado, é melhor desconfiar. É golpe. Carros de luxo a preço de sucata – a oferta está na internet.

Em alguns casos, o valor é 10% menor que o de mercado e pode cair ainda mais. O nome do negócio

é “Carros NP”, que significa “não pago”.

A equipe de reportagem do Bom Dia Brasil ligou para um dos vendedores para tentar entender o

esquema.

Repórter: Eu consigo passar o carro para o meu nome ou não?

Vendedor: Não, não. Não consegue. Essa transferência é para o nome da pessoa que está financiado

esse carro.

Repórter: ‘Tá’, porque ele é NP, não é?

Vendedor: Isso. O que acontece? Esse carro foi retirado da loja há uns 25 dias, venceu uma parcela

primeira, está atrasada oito dias. Então, esse carro não tem nada ainda.

Os golpistas compram a prazo e pagam apenas uma ou duas prestações. O veículo sai em nome de

laranjas, que fornecem os dados em troca de dinheiro; ou de pessoas que nem sabiam que estavam

participando do negócio.

Um homem teve os documentos falsificados. Em nome dele, os estelionatários compraram quatro

carros. “É uma surpresa total, desagradável, um sentimento de impotência. Você é uma pessoa que

nunca esteve envolvido em nada, seu nome sempre foi limpo e, de repente, quatro instituições

financeiras financiam valores altos no seu nome em outro município sem você nunca ter estado

nestes municípios”, lamentou a vítima.

A equipe de reportagem do Bom Dia Brasil encontrou um dos carros comprados ilegalmente

rodando em Alvorada, na Grande Porto Alegre, seguiu o veículo e acionou a polícia. O carro foi

apreendido.

“[Comprei o carro] de uma pessoa. Não vou dizer o nome assim, mas daí ele que me vendeu. Me

garantiu procuração e me garantiu carnê”, disse o vendedor Alexandre Rosa da Silva.

“Existe uma falha na legislação e existe uma falha na análise da documentação pelas financeiras.

Nessas brechas da lei é que os estelionatários atuam. Tudo que for abaixo do valor de mercado a

pessoa deve duvidar”, alertou a delegada da Polícia Civil Vivian Nascimento.

http://simonnemachado.blogspot.com.br/

Professora  Psicopedagoga Simonne Machado