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sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Viagens de Gulliver 17 AA e 17 AB

Primeira Viagem

Lemuel Gulliver era cirurgião em Londres. Diante do pouco movimento de pacientes em seu 

consultório o Dr. Gulliver decide aceitar o convite do Capitão Willian Prichard que seguia com seu 

navio rumo ao mar do Sul.
Na travessia para as índias Orientais uma violenta tempestade afunda o navio. Após muito nadar

Gulliver, guiado pelo vento e pela maré, chega à praia e, por estar muito cansado, adormece.

Ao acordar tenta levantar-se e nota que seus braços e pernas estão amarrados. Ao ouvir um ruído

confuso verifica que se trata de minúsculas criaturas humanas (pigmeus) do país de Liliput, que

tentam atingi-lo com flechas. Por ordem do imperador de Liliput, Gulliver é levado à capital para

então decidirem o que fazer com ele, visto que sua permanência naquele país traria muitos gastos

em virtude do seu tamanho e sua morte causaria uma peste na metrópole e se arrastaria por todo

o reino por causa do mau cheiro.
Decidem que, por enquanto, todos os aldeões terão que colaborar com o seu sustento. Fazem um

inventário de seus pertences e ficam perplexos diante do tamanho dos objetos, os quais

desconheciam sua utilidade.
Logo, Gulliver, que era muito inteligente, começa a aprender a língua dos Liliputianos e aos

poucos conquista a confiança dos habitantes. Em pouco tempo passa a ser amado por muitos e

invejado por alguns como o Sr. Skyresk Bolgoham que tramava intrigas para afastá-lo do reino.
Após vários pedidos o rei concede-lhe a liberdade, mediante algumas coisas que teria que

cumprir.

Autoriza-o a conhecer a metrópole desde que não pise nas pessoas e nem danifique as casas. “O

homem montanha”, como era chamado, é ordenado pelo rei a lutar contra os Blefuscu, povo que

discordava dos Liliputianos quanto a forma de quebrar o ovo: se pela ponta mais fina ou pela mais

grossa. Gulliver vence a Batalha e recebe um título honorífico. Al´m disso, também fica amigo do

rei de Blefuscu.
Novamente seus serviços são solicitados. Desta vez ele é chamado para apagar um incêndio nos

aposentos da imperatriz. Gulliver apaga o fogo com jatos de sua urina, procedimento ilegal

naquele país. O rei de Liliput é pressionado a matá-lo aos poucos de fome. Avisado por um amigo

importante da corte, Gulliver foge para Blefuscu e lá é ajudado a retomar para Inglaterra.

Segunda Viagem



Dois meses após ter chegado a sua terra Natal, Gulliver embarca novamente em sua segunda 

viagem desta vez com destino a Surat.
Devido a uma tempestade, é levado acidentalmente a ilha de ” Broddingnog, habitada por uma

raça de gigantes. Assustado diante do tamanho dos gigantes teme ser engolido por eles. No

entanto, Grilbrig, um lavrador, leva-o até a sua casa e, com a intenção de obter lucros e também

para gabar-se, o exibe a todos o seu “achado”: um estranho animal que fala e imita todos os seus

atos.

Para proteger seu “patrimônio”, Grilbrig não permite que ninguém o toque, a não ser sua filha

Glumdalclitch, que cuidava de sua preservação e ensinava-lhe a língua nativa. Gulliver, nessa

viagem, passa a ser chamado de GILDRIG.
O lavrador após lucrar muito com suas exibições e suspeitando que o estranho animalzinho

estivesse muito doente decide vendê-lo a rainha, juntamente com sua filha, que era sua pajem. A

rainha ordena que se faça uma caixa que pudesse servir de dormitório e tudo foi adaptado para

que Gulliver se sentisse confortável. Gulliver se torna, aos poucos, companhia indispensável da

rainha. Isso desperta a fúria de outra criatura que também pertencia a ela: um anão que

constantemente atormentava Gulliver com suas maldades.
O rei, em seus momentos de folga, passava horas conversando com Gulliver. Ele queria saber

tudo sobre sua terra de origem, pois queria conhecer tudo o que merecesse ser imitado.
O pequeno contou detalhadamente sobre a constituição do parlamento inglês, os tribunais de

Justiça, o critério de escolha de um novo nobre. E o rei conclui que “a grande maioria dos vossos

semelhantes é representado pela mais perniciosa raça de pequenos e odiosos insetos, que a

natureza já permitiu rastejassem na superfície da terra”.
As dimensões exageradas das pessoas, das feridas, dos insetos, das imundices, etc. o deixavam

nauseado. Por isso, Gulliver começa a pensar numa maneira de retomar ao seu país e sua

libertação ocorre no dia em que acompanhou o rei e a rainha numa viagem à costa do Sul do

reino. Como sua pajem estava muito resfriada, Gulliver é levado por outro pajem para ver o mar.

Então, o menino se distrai e uma enorme águia arrasta-o em direção a um rochedo. A ave deixa-o

cair no mar e ele é encontrado por marinheiros da sua “espécie”, ou seja, que tinham proporções

semelhantes a sua. Gulliver então é deixado em terra e ele retorna à sua casa.


Terceira Viagem




A convite do Capitão William Robson, Gulliver embarca para uma viagem às índias Orientais como 

comandante de uma chalupa (Antigo navio à vela, cuja mastreação se compõe de gurupés e dois 

mastros: o de vante de lugre, e o de ré inteiriço, que enverga pequena vela latina quadrangular). 

Durante a viagem, é perseguido por dois navios de piratas que lhe roubaram a chalupa e lhe dão 

canoa para que ele consiga chegar em terra.
Depois de algum tempo, Gulliver chega a uma ilha formada por penhascos. Depois ser encontrado

pelos habitantes, é levado ao palácio real por uma nave até a presença do Rei, que não

entendendo sua língua, ordena que lhe ensinem a língua nativa.
Gulliver então aprende que o nome da ilha era Laputa “Ilha Volante ou Flutuante” e graças a sua

inteligência em poucos dias adquiriu o conhecimento da língua. Os habitantes de Laputa viviam

numa nave e eram conhecedores da lógica (Matemática) e da harmonia (música), não se

interessando por nenhum outro ramo de conhecimento.
Gulliver pouco interessado nestas ciências pede permissão para visitar outra ilha e segue para

Balnibardi. Em Lagada, metrópole de Balnibardi, Gulliver visita a academia local em que muitos

cientistas tentavam aperfeiçoar seus projetos de remodelação de todas as artes, ciências, línguas e
ofícios.
Como esses projetos ainda não atingiram a perfeição, os habitantes estavam à mercê dos

cientistas, com isso as casas estavam desmoronando, o campo miseravelmente arruinado e o

povo sem roupa e sem comida. Menos o rei que se contentou em viver na maneira antiga,

preferiu o bem estar do quê o progresso geral. Gulliver propõe alguns melhoramentos nos

projetos os quais são aceitos e reconhecidos pelos cientistas.
Cansado de morrar nesse lugar, Gulliver pensa em retornar a Inglaterra, mas a falta de um navio

o faz visitar uma ilha chamada Glubboubdrib, que significa “Ilha dos feiticeiros ou mágicos”. Nessa

ilha o governador tem poderes chamar dentre os mortos que bem quisesse e exigir-lhes os

serviços por 24 horas (não mais). No começo Gulliver ficou assustado, mas logo se familiarizou

com o ambiente e aproveitou para chamar os espíritos de muitas personalidades como Alexandre

o Grande, César, Pompeu, Brito, Homero, Aristóteles, Descartes, Gassendi, com a intenção de

esclarecer algumas dúvidas sobre as histórias antigas e modernas.
Depois de sua estada Glubboubdrib, segue viagem e tenta chegar ao Japão onde, de lá,

regressaria à Inglaterra. Durante a vigem passa por Luggag, onde foi recebido com muita

cordialidade. Fica sabendo da existência de uma raça chamada Struldbrugs (Imortais que viviam

naquele país) e deseja ser um deles, mas quando soube das desvantagens, logo se arrepende e

segue para o Japão e de lá embarca num navio com destino a Inglaterra.


Quarta Viagem


Cansado do ofício de médico de bordo, Gulliver aceita o convite para ser capitão do navio.

Em virtude da morte de diversos homens de seu navio, é obrigado a recrutar novos homens. Logo

depois, é traído por eles e deixado em um bote alto mar. Depois de vagar a deriva por algum

tempo, chega ao país dos Houyhnhnms, que era governado por cavalos, que procediam como criaturas racionais. Gulliver pensou estou louco.
Os cavalos ficaram interessados em saber de que parte ele vinha e como aprendeu imitar os

Yahoos cruéis e desprezíveis animais irracionais daquele país, muito parecido fisicamente com os

homens.
Depois de aprender o idioma dos cavalos, Gulliver explica a eles porque foi parar naquele lugar:

Então ele conta como foi traído por criaturas de seu país. Isto gera grande confusão entre os

cavalos, pois eles não entendiam que pudesse haver falsidade ou mentira entre os irracionais,

como eram considerados, porque eles não conheciam o “duvidar’ e o não “acreditar”.
Então o cavalo amo pede para que Gulliver descreva o país de onde viera. Gulliver fala-lhes sobre

a questão da acusação e defesa, da importação de produtos como comida e bebida para satisfazer

a ganância e a vaidade de muitos, das doenças físicas e psicológicas, de como são escolhidos os

primeiros ministros e os ministros de estado e sobre os motivos que levam seu país guerrear.
Depois que ouvir atentamente o relato de Gulliver, o cavalo amo diz a Gulliver como era o

comportamento dos Yahoos. Segundo ele, os Yahoos e os homens descritos por Gulliver se

diferenciam apenas no vigor, na rapidez, no comprimento das garras, mas pela descrição que fez

dos costumes e dos atos, julgou existir idêntica semelhança na disposição dos espíritos.
O cavalo amo relata também as virtudes dos Houyhnhnms uma delas é não ter amor fraterno,

eles amam a espécie toda, controlam a natalidade, quando se casam escolhem as cores para não

haver mistura de raças e as fêmeas recebem o mesmo tratamento dos machos. Fala também da

Assembléia que é feita de 4 em 4 anos para saber do estado e as condições dos vários distritos;

se precisam ou se sobram aveia, feno, vacas ou Yahoos.
Gulliver estava decidido a ficar neste país para sempre, mas foi realizada uma Assembléia geral

para saber se os Yahoos deviam ser exterminados da face terra. E o cavalo amo aconselhou-o a ir

embora em virtude de ele ter se tomado mais como um Houyhnhnms do que como um animal

irracional, um Yahoo.
Ajudado por um Alazão, Gulliver constrói uma canoa e se despede de todos com muita dor e

lágrimas. Depois, tenta morar em outra ilha, mas é expulso por seus nativos homens e mulheres

completamente nus.
Algum tempo depois m é encontrado por marinheiros que o levaram, mesmo contra sua vontade. 

O capitão do navio convenceu-o a voltar para sua terra. Ao chegar, sente desprezo pela família, 

face à comparação com os Yahoos e por estar desabituado do contato com este “animal”.

(Yahoo é um termo da língua inglesa que significapessoa rude, simples, rústica, pouco refinada.
O termo foi originalmente usado pelo escritor irlandês Jonathan Swift, em 1726, para designar as criaturas selvagens, rudes e bárbaras que fazem parte do seu livro “As Viagens de Gulliver”.
O escritor argentino Jorge Luís Borges também empregou a palavra “Yahoo” para se referir a um povo primitivo e de estranhos costumes, no conto “O informe de Brodie”).

http://simonnemachado.blogspot.com.br/

Professora  Psicopedagoga Simonne Machado