Fundador do protestantismo foi também um dos responsáveis por formular o sistema de ensino público que serviu de modelo para a escola moderna no Ocidente
Movido pela indignação e pela discordância com os costumes da Igreja de seu tempo, o monge alemão Martinho Lutero (1483-1546) foi o responsável pela reforma protestante, que originou uma das três grandes vertentes do cristianismo (ao lado do catolicismo e da Igreja Ortodoxa). O nascimento do protestantismo teve profundas implicações sociais, econômicas e políticas. Na educação, o pensamento de Lutero produziu uma reforma global do sistema de ensino alemão, que inaugurou a escola moderna. Seus reflexos se estenderam pelo Ocidente e chegam aos dias de hoje.
Fundador do
protestantismo foi também um dos responsáveis por formular o sistema de
ensino público que serviu de modelo para a escola moderna no Ocidente
Movido pela indignação e pela discordância com os costumes da Igreja de
seu tempo, o monge alemão Martinho Lutero
(1483-1546) foi o responsável pela reforma protestante(*daí se originou o termo PROTESTANTE, QUE
MUITOS EVANGÉLICOS DESCONHECEM, SEMPRE FAÇO ESTE TESTE FAÇAM TAMBÉM, VÃO SE
SURPREENDER, PROTESTAR CONTRA O QUE? CONTRA QUEM? A RESPOSTA ESTÁ EM LUTERO E
CALVINO), que originou uma das três grandes vertentes do cristianismo
(ao lado do catolicismo e da Igreja Ortodoxa).
O nascimento do protestantismo teve profundas
implicações sociais, econômicas e políticas.
Na EDUCAÇÃO, o pensamento de Lutero produziu uma
reforma global do sistema de ensino alemão, que inaugurou a escola moderna.
Seus reflexos se estenderam pelo Ocidente e chegam aos dias de hoje.
A ideia da escola pública e para todos,
organizada em três grandes ciclos (fundamental, médio e superior) e voltada
para o saber útil nasce do projeto educacional de Lutero.
Venda
de indulgências (*para serem perdoados os fiéis da igreja
católica PAGAVAM PELO PERDÃO DE SEUS “PECADOS”)
Embora nunca tivesse planejado uma cisão na Igreja, Lutero dedicou a
maior parte de sua vida à polêmica doutrinária em torno da fé cristã. Sua
produção intelectual foi intensa e erudita, e seus atos, graças ao surgimento
da imprensa e do clima de descontentamento social, ganharam vasta repercussão.
Apesar da complexidade do cenário, pode-se identificar dois fatores que desencadearam
a dissidência de Lutero. (*Lutero não se conformava com esta postura e
autoritarismo da Igreja)
O primeiro foi a venda de indulgências pela Igreja. Segundo esse costume, que se iniciou na última fase da Idade Média, os fiéis podiam comprar, de um representante do clero, parte da absolvição de seus pecados.
O primeiro foi a venda de indulgências pela Igreja. Segundo esse costume, que se iniciou na última fase da Idade Média, os fiéis podiam comprar, de um representante do clero, parte da absolvição de seus pecados.
A prática era oficial, aprovada pelo papa e
vinha acompanhada de um ritual solene. O comércio de
indulgências representava uma espécie de resumo do que havia de mais condenável
no comportamento da Igreja daquele tempo: ganância, ostentação, arbitrariedade
e mundanismo. As deturpações do
cristianismo incomodavam os poderes locais e repugnavam os intelectuais.
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Lutero sempre havia pregado contra as indulgências, mas o que o levou a realizar um protesto público, em 1517, foi à venda de uma indulgência especial, que oferecia privilégios específicos, lançada pelo Vaticano para financiar a reconstrução da Basílica de São Pedro. Contra ela, Lutero elaborou 95 teses, criticando as práticas eclesiásticas, e afixou-as na porta da Igreja do Castelo de Wittenberg. Foi o início do conflito entre o monge alemão e a autoridade papal.
Lutero sempre havia pregado contra as indulgências, mas o que o levou a realizar um protesto público, em 1517, foi à venda de uma indulgência especial, que oferecia privilégios específicos, lançada pelo Vaticano para financiar a reconstrução da Basílica de São Pedro. Contra ela, Lutero elaborou 95 teses, criticando as práticas eclesiásticas, e afixou-as na porta da Igreja do Castelo de Wittenberg. Foi o início do conflito entre o monge alemão e a autoridade papal.
Tão importante quanto Lutero para a educação foi Philipp
Melanchthon (1497-1560). Durante o período que Lutero passou
impedido de se manifestar publicamente, Melanchthon foi o porta-voz da causa reformista e se encarregou de reorganizar as
igrejas dos principados que aderiram ao luteranismo.
Esse trabalho resultou no projeto de criação de um
sistema de escolas públicas, depois copiado em quase toda a Alemanha.
A reforma da instrução era uma das principais
reivindicações das camadas mais pobres da população, insatisfeitas com as más
condições de vida e com o ensino escasso e ineficaz (*tão diferente da atualidade , não?) oferecido pela Igreja.
Esses foram alguns dos motivos da revolta armada dos camponeses,
sangrentamente reprimida em 1525.
Tanto Melanchthon quanto Lutero viam na educação um assunto do interesse dos governantes.
"A maior força de uma cidade é ter muitos cidadãos instruídos",
escreveu Lutero.
Para isso, foi criado um sistema que atendia à
finalidade de preparar para o trabalho e à possibilidade de prosseguir os
estudos para elevação cultural. (* lei e diretrizes e bases da Educação -CAPÍTULO II Da
Educação Básica
Seção I
Das Disposições Gerais
Art. 22º.
*A educação básica tem por finalidades desenvolver o educando, assegurar-lhe a
formação comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios
para progredir no trabalho e em estudos posteriores.)
Ou seja, este IDEAL DE FORMAÇÃO PARA A
PLENA CIDADANIA É UMA REINVINDICAÇÃO DOS GRANDES AUTORES HÁ MUITO MAIS TEMPO
QUE PARECE, TRENDO EM VISTA QUE A LEI 9394/96 É RELATIVAMENTE RECENTE...PORÉM
SUAS IDEOLOGIAS E METAS SÃO ANTIGAS...)
O currículo era baseado nas ciências humanas, com
ênfase na história.
A reivindicação de liberdade para interpretar a
Bíblia tornou-se não só um dos pilares da reforma protestante como o princípio
fundador do projeto educacional de Lutero, que valorizou a alfabetização e o
ensino de línguas - e, mais importante, pregou o acesso de todos a esse
conhecimento. Os renovadores religiosos defendiam a formação de
uma nova classe de homens cultos, dando origem ao conceito de utilidade social
da educação.
Mesmo assim, o surgimento do protestantismo foi ao encontro dos desejos
da classe economicamente emergente de comerciantes, para quem a educação representava uma possibilidade de aceitação e
ascendência social.
CONTEXTO
HISTÓRICO:
Tempo
de revolta contra os vícios da Igreja
A reforma luterana foi o mais importante, mas não o único, movimento
religioso a confrontar a Igreja entre o final da Idade Média e o início da
Idade Moderna. Outras cisões do período foram o calvinismo, liderado pelo
francês João Calvino (1509-1564), e o anglicanismo, oficializado em 1558. Todas
essas rupturas misturavam teologia, política e nacionalismo. Elas tinham em
comum a reação contra o autoritarismo das estruturas medievais da Igreja e
também seus desvios morais. Todas pretenderam renovar o cristianismo, com o
ressurgimento da fé considerada autêntica, isto é, individual e interiorizada.
Do ramo protestante do cristianismo nasceram várias
subdivisões: luteranos, metodistas, batistas e os pentecostais e
neopentecostais, conhecidos popularmente no Brasil como evangélicos.
O golpe desferido pela reforma luterana na
Igreja de Roma foi o tema central do Concílio de Trento, reunião de cúpula do
catolicismo que durou 18 anos (de 1545 a 1563). Dele nasceu o movimento
conhecido como Contra-Reforma, para recobrar a imagem de austeridade e o
respeito dos fiéis.
Professora Psicopedagoga Simonne Machado