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segunda-feira, 1 de junho de 2015

Martinho Lutero, o autor do conceito de educação útil

Fundador do protestantismo foi também um dos responsáveis por formular o sistema de ensino público que serviu de modelo para a escola moderna no Ocidente





Movido pela indignação e pela discordância com os costumes da Igreja de seu tempo, o monge alemão Martinho Lutero (1483-1546) foi o responsável pela reforma protestante, que originou uma das três grandes vertentes do cristianismo (ao lado do catolicismo e da Igreja Ortodoxa). O nascimento do protestantismo teve profundas implicações sociais, econômicas e políticas. Na educação, o pensamento de Lutero produziu uma reforma global do sistema de ensino alemão, que inaugurou a escola moderna. Seus reflexos se estenderam pelo Ocidente e chegam aos dias de hoje. 

Fundador do protestantismo foi também um dos responsáveis por formular o sistema de ensino público que serviu de modelo para a escola moderna no Ocidente

Movido pela indignação e pela discordância com os costumes da Igreja de seu tempo, o monge alemão Martinho Lutero (1483-1546) foi o responsável pela reforma protestante(*daí se originou o termo PROTESTANTE, QUE MUITOS EVANGÉLICOS DESCONHECEM, SEMPRE FAÇO ESTE TESTE FAÇAM TAMBÉM, VÃO SE SURPREENDER, PROTESTAR CONTRA O QUE? CONTRA QUEM? A RESPOSTA ESTÁ EM LUTERO E CALVINO), que originou uma das três grandes vertentes do cristianismo (ao lado do catolicismo e da Igreja Ortodoxa).
O nascimento do protestantismo teve profundas implicações sociais, econômicas e políticas.
Na EDUCAÇÃO, o pensamento de Lutero produziu uma reforma global do sistema de ensino alemão, que inaugurou a escola moderna. Seus reflexos se estenderam pelo Ocidente e chegam aos dias de hoje. 
A ideia da escola pública e para todos, organizada em três grandes ciclos (fundamental, médio e superior) e voltada para o saber útil nasce do projeto educacional de Lutero.

Venda de indulgências (*para serem perdoados os fiéis da igreja católica PAGAVAM PELO PERDÃO DE SEUS “PECADOS”)
Embora nunca tivesse planejado uma cisão na Igreja, Lutero dedicou a maior parte de sua vida à polêmica doutrinária em torno da fé cristã. Sua produção intelectual foi intensa e erudita, e seus atos, graças ao surgimento da imprensa e do clima de descontentamento social, ganharam vasta repercussão. Apesar da complexidade do cenário, pode-se identificar dois fatores que desencadearam a dissidência de Lutero. (*Lutero não se conformava com esta postura e autoritarismo da Igreja)

O primeiro foi a venda de indulgências pela Igreja. Segundo esse costume, que se iniciou na última fase da Idade Média, os fiéis podiam comprar, de um representante do clero, parte da absolvição de seus pecados.
A prática era oficial, aprovada pelo papa e vinha acompanhada de um ritual solene. O comércio de indulgências representava uma espécie de resumo do que havia de mais condenável no comportamento da Igreja daquele tempo: ganância, ostentação, arbitrariedade e mundanismo. As deturpações do cristianismo incomodavam os poderes locais e repugnavam os intelectuais. 
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Lutero sempre havia pregado contra as indulgências, mas o que o levou a realizar um protesto público, em 1517, foi à venda de uma indulgência especial, que oferecia privilégios específicos, lançada pelo Vaticano para financiar a reconstrução da Basílica de São Pedro. Contra ela, Lutero elaborou 95 teses, criticando as práticas eclesiásticas, e afixou-as na porta da Igreja do Castelo de Wittenberg. Foi o início do conflito entre o monge alemão e a autoridade papal. 
Tão importante quanto Lutero para a educação foi Philipp Melanchthon (1497-1560). Durante o período que Lutero passou impedido de se manifestar publicamente, Melanchthon foi o porta-voz da causa reformista e se encarregou de reorganizar as igrejas dos principados que aderiram ao luteranismo.
Esse trabalho resultou no projeto de criação de um sistema de escolas públicas, depois copiado em quase toda a Alemanha.
A reforma da instrução era uma das principais reivindicações das camadas mais pobres da população, insatisfeitas com as más condições de vida e com o ensino escasso e ineficaz (*tão diferente da atualidade , não?) oferecido pela Igreja.
Esses foram alguns dos motivos da revolta armada dos camponeses, sangrentamente reprimida em 1525.
Tanto Melanchthon quanto Lutero viam na educação um assunto do interesse dos governantes. "A maior força de uma cidade é ter muitos cidadãos instruídos", escreveu Lutero.
Para isso, foi criado um sistema que atendia à finalidade de preparar para o trabalho e à possibilidade de prosseguir os estudos para elevação cultural. (* lei e diretrizes e bases da Educação -CAPÍTULO II  Da Educação Básica
Seção I
Das Disposições Gerais
Art. 22º. *A educação básica tem por finalidades desenvolver o educando, assegurar-lhe a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores.)
Ou seja, este IDEAL DE FORMAÇÃO PARA A PLENA CIDADANIA É UMA REINVINDICAÇÃO DOS GRANDES AUTORES HÁ MUITO MAIS TEMPO QUE PARECE, TRENDO EM VISTA QUE A LEI 9394/96 É RELATIVAMENTE RECENTE...PORÉM SUAS IDEOLOGIAS E METAS SÃO ANTIGAS...)
O currículo era baseado nas ciências humanas, com ênfase na história.

A reivindicação de liberdade para interpretar a Bíblia tornou-se não só um dos pilares da reforma protestante como o princípio fundador do projeto educacional de Lutero, que valorizou a alfabetização e o ensino de línguas - e, mais importante, pregou o acesso de todos a esse conhecimento. Os renovadores religiosos defendiam a formação de uma nova classe de homens cultos, dando origem ao conceito de utilidade social da educação.
Mesmo assim, o surgimento do protestantismo foi ao encontro dos desejos da classe economicamente emergente de comerciantes, para quem a educação representava uma possibilidade de aceitação e ascendência social.

CONTEXTO HISTÓRICO:
Tempo de revolta contra os vícios da Igreja
A reforma luterana foi o mais importante, mas não o único, movimento religioso a confrontar a Igreja entre o final da Idade Média e o início da Idade Moderna. Outras cisões do período foram o calvinismo, liderado pelo francês João Calvino (1509-1564), e o anglicanismo, oficializado em 1558. Todas essas rupturas misturavam teologia, política e nacionalismo. Elas tinham em comum a reação contra o autoritarismo das estruturas medievais da Igreja e também seus desvios morais. Todas pretenderam renovar o cristianismo, com o ressurgimento da fé considerada autêntica, isto é, individual e interiorizada.
Do ramo protestante do cristianismo nasceram várias subdivisões: luteranos, metodistas, batistas e os pentecostais e neopentecostais, conhecidos popularmente no Brasil como evangélicos.

O golpe desferido pela reforma luterana na Igreja de Roma foi o tema central do Concílio de Trento, reunião de cúpula do catolicismo que durou 18 anos (de 1545 a 1563). Dele nasceu o movimento conhecido como Contra-Reforma, para recobrar a imagem de austeridade e o respeito dos fiéis.


Professora  Psicopedagoga Simonne Machado