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segunda-feira, 28 de outubro de 2013

CONCURSO PEB II SEE/ SP 2013 PUBLICAÇÕES INSTITUCIONAIS Carvalho , Rosita Edler.EDUCAÇÃO INCLUSIVA: “COM OS PINGOS NOS IS” PORTO ALEGRE, MEDIAÇÃO, 2004

PUBLICAÇÕES INSTITUCIONAIS CONCURSO PEB II SEE/ SP 2013

Carvalho , Rosita Edler.EDUCAÇÃO INCLUSIVA: “COM OS PINGOS NOS IS”
PORTO ALEGRE, MEDIAÇÃO, 2004

A autora aborda, ao contrário do que se imagina, uma educação REALMENTE INCLUSIVA, de todos, não se referindo apenas à educação especial.
Com forte crítica á educação elitista excludente trazendo exemplos desde a educação primitiva (em que todos eram alunos e professores ao mesmo tempo), a educação realizada na Idade Média chegando aos dias atuais.
Ressalta a autora que a educação clássica é calcada na Grécia se embasa na PAIDÉIA (era o "processo de educação em sua forma verdadeira, a forma natural e genuinamente humana" na Grécia antiga; EDUCAÇÃO INTEGRAL) visando aliar desenvolvimento físico e mental.
A revolução Francesa, no entanto, volta a restringir a educação a nobres e pessoas do clero, evidentemente mulheres sequer são citadas. Mais uma vez a Educação do e para o poder. Restringia o acesso à educação, pois era centralizada na educação para “governar”, misturando educação e “socialização” conforme as conveniências da época. (não mudou muita coisa não é?)
Estas mesmas idéias revolucionárias francesas abriram espaço para manifestos, como o positivismo que por conseqüência trouxe o otimismo pedagógico pois fundamentava-se na igualdade de oportunidades a TODOS INDISTINTAMENTE.
Este manifesto, ainda que de modo limitado trouxe benefícios, abriu portas para a educação dos anos 30 denominada de “Escola Nova” , que se caracteriza pela difusão de que através da educação seria possível a reconstrução social.
Note que autora, busca as origens da educação para fundamentar sua tese de exclusão, uma vez que esta estava, e continua ainda, a serviço da perpetuação da elite e não inclusão dos mais necessitados.
O movimento da escola nova, chamado de “escolanovismo” era sintetizado pelo lema “Colocando o aluno no centro do processo educacional através de uma escola ativa”, que perdura ainda em algumas correntes.
EDUCAÇÃO INCLUSIVA: UMA PROPOSTA
Nada mais é do que a representação da inclusão da sociedade na escola em sentido bastante amplo, participativo e detalhadamente desenvolvido e planejado, sob os aspectos pedagógicos e sociais desenvolvida nos quatro pilares da educação segundo a UNESCO:
- APRENDER A APRENDER;
- APRENDER A FAZER;
- APRENDER A SER E
- APRENDER A VIVER JUNTO.
Esta tese se baseia para a autora no princípio de que propiciar o mesmo aprendizado A QUALQUER ALUNO SEJA PORTADOR OU NÃO DE NECESSIDADES ESPECIAIS.
Rosita traz à tona que muitos entraves da atual educação são sócio culturais que “acabam por atrapalhar ou retardar a evolução da inclusão porque justamente são barreiras construídas a partir do ‘padrão de exclusão’ determinado PELA PRÓPRIA COLETIVIDADE”.
Outro entrave motivador da exclusão é a INSEGURANÇA por conta de vandalismos, violências, tragédias, fazendo com que nos tranquemos e deixemos de interagir entre nós mesmos. ”ESTA EXCLUSÃO INTRÍNSECA QUE CRIAMOS INEVITAVELMENTE REFLETIRÁ NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA”.
A autora defende sim a educação inclusiva, porém ela nesta leitura está mais preocupada com a EXCLUSÃO SOCIAL VELADA DA MAIORIA, DOS QUE MAIS PRECISAM DA ESCOLA, DENTRE OS ESTES, OS PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS.
Não basta a “LEI GARANTIR OFERTA E PERMANÊNCIA AO ENSINO”, pois se trata de uma ILUSÃO: O ALUNO CARENTE, COM NECESSIDADES ESPECIAIS OU NÃO, É INSERIDO NA EDUCAÇÃO PÚBLICA, CONFORME GARANTE A LEI; PORÉM ESTE MESMO EDUCANDO NÃO TERÁ CONDIÇÕES DE ARCAR FINANCEIRAMENTE COM CUSTOS DE LIVROS, XEROX, TRANSPORTE, ALIMENTAÇÃO, SUPER LOTAÇÃO DAS SALAS E CONSEQUENTEMENTE EXAUSTÃO DO EDUCADOR QUE NADA PODE FAZER PARA ATENDER DE MODO ADEQUADO A TODOS SEM EXCLUSÃO, ENFIM DE TUDO QUE SE EXIGE POR CONDIÇÃO ELEMENTAR SUA PERMANÊNCIA NA ESCOLA, SEJA BÁSICA OU SUPERIOR.
É uma leitura muito intensa, corajosa, que ao contrário das leituras demagógicas exigidas em concursos, toca bem as reais feridas da realidade educacional brasileira, BEM COMO DE NOSSOS PROFISSIONAIS.
A inclusão, A QUE SE REFERE À AUTORA É ABRANGENTE, REAL, COMUM, TÃO COMUM QUE SE TORNOU BANAL A PONTO DE SÓ ENTENDERMOS, RECONHECERMOS O TERMO “INCLUSÃO” COMO PARA A INSERÇÃO DE ALUNOS COM NECESSIDADES ESPECIAIS, com isto perpetua-se a exclusão dos mais fracos, que não podem EFETIVAMENTE PERMANECEREM NO PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM GARANTIDOS EM LEIS, DIRETRIZES, RESOLUÇÕES, ETC.

Penélope Sharmosa