Repórter da Globo é agredida ao vivo
Monalisa Perrone falava ao vivo em frente a hospital durante o Jornal Hoje.
Um homem a empurrou. ABI divulgou nota de repúdio.
A agressão ocorreu no início do telejornal. Monalisa Perrone estava em frente ao Hospital Sírio-
Libanês, em São Paulo, e foi chamada pela apresentadora Sandra Annenberg
para dar mais informações sobre o tratamento quimioterápico do ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva.
Quando começou a falar, dois homens apareceram correndo atrás dela. Um deles a derrubou.
A transmissão do hospital foi interrompida. Do estúdio, a apresentadora Sandra Annenberg lamentou
o fato. Uma reportagem sobre o quadro de Lula foi exibida e, quatro minutos depois, Monalisa
voltou a falar ao vivo, direto do hospital. "Levei um susto enorme. Estou tremendo. Em 20 anos de
profissão isso nunca me aconteceu. Um desrespeito enorme. Mas, enfim, televisão ao vivo é isso",
disse.
Em seguida, ela passou o microfone para o repórter José Roberto Burnier, que completou a
reportagem. "Estou passando para meu colega, que está mais calmo."
A Central Globo de Comunicação (CGCom) informou: "Trata-se de pessoas cujo propósito é
aparecer. Não é a primeira vez". A TV Globo registrou queixa contra os agressores.
A Associação Brasileira de Imprensa (ABI) divulgou uma nota, em que se diz "estarrecida com o ato
de vandalismo".
Leia a íntegra da nota da ABI:
"A ABI (Associação Brasileira de Imprensa) de São Paulo, estarrecida com o ato de vandalismo
contra a jornalista Monalisa Perrone durante sua participação ao vivo no Jornal Hoje, vem prestar
solidariedade à jornalista e à direção de jornalismo da Globo, num momento tão delicado onde
vândalos agridem a liberdade de imprensa e o trabalho do jornalista.
Jamais, em tempo algum, ato de agressão física é aceito por qualquer motivo que seja. Debates e
diferenças de ideias devem ser mostradas em discussões civilizadas e com o mínimo de dignidade.
O ato de agredir publicamente um jornalista no desempenho de sua profissão e no desempenho da
informação livre ao povo é o mais baixo de todos os atos, que deve ser punido como tortura contra a
pessoa, que foi o que realmente aconteceu, além de ameaça direta e pública contra o povo livre.
A ABI já viveu momentos de defesa da liberdade de imprensa contra as torturas e ameaças de
violência contra a liberdade de ideias nos momentos mais triste do Brasil.
Exatamente por isto não podemos deixar de passar este momento de agressão à mídia e à imprensa
sem prestarmos solidariedade à Rede Globo e repulsa a todos aqueles que agridem moral e
fisicamente a liberdade.
http://simonnemachado.blogspot.com.br/
Professora Psicopedagoga
Simonne Machado
vivo durante o "Jornal Hoje", por um homem que já atrapalhou transmissões ao vivo da TV Globo e
de outras emissoras.