'Sensação de alívio', diz aprovada em
medicina após 12 anos de tentativas
Nágela Pinto passou em 18º lugar em medicina no vestibular
da Uece.
A paixão por medicina veio após uma doença neurológica.
Após prestar vestibular por 12 anos para medicina, Nágela Pinto Machado comemorou na noite desta
terça-feira (24) a aprovação em 18º lugar no curso na Universidade Estadual do Ceará (Uece).
"Sensação de alívio, de tirar um peso das costas. Sensação de paz", afirma a agora caloura que
garante não ter passado antes por falta de tempo para estudar.
Ela disse que ainda não parou para pensar nas mudanças que terá daqui para frente na vida, depois de
sonhar tanto tempo em estudar o que gosta. "Vou comemorar, não sei nem como. Estou sem saber o
que fazer", afirma.
saiba mais
Nágela, de 35 anos, concluiu o ensino médio em 1991, mas a vocação para a medicina só foi
descoberta após uma doença neurológica. "Tive um problema de saúde e me apaixonei por
medicina". Por várias vezes, ela fez vestibular para outros cursos, como administração, pedagogia,
letras e direito. Passava sempre entre os primeiros lugares, afirma, mas acabava desistindo. "Não me
matriculava para não tirar a vaga de outra pessoa que realmente queria", explica.
descoberta após uma doença neurológica. "Tive um problema de saúde e me apaixonei por
medicina". Por várias vezes, ela fez vestibular para outros cursos, como administração, pedagogia,
letras e direito. Passava sempre entre os primeiros lugares, afirma, mas acabava desistindo. "Não me
matriculava para não tirar a vaga de outra pessoa que realmente queria", explica.
Rotina puxada
Nágela atualmente é servidora da Universidade Federal do Ceará (UFC) onde dá expediente das 16h
às 22h, na coordenação do curso de Secretariado Executivo. "Dormia normal porque senão o
rendimento caía. Mas eu estudava sempre que tinha uma hora vaga, à noite, no horário de almoço".
Até conseguir realizar o sonho, a rotina foi puxada: acordava às 5h30, fazia curso pré-universitário
pela manhã e continuava a estudar até a hora de ir para o trabalho. "Quando chegava à noite ainda
dava uma olhada nos livros, revisava alguma coisa. Eu ficava no colégio e ia direto para o trabalho",
recorda. Nos fins de semana, o passatempo era na biblioteca da escola. "Até dia de domingo eu vinha
para a biblioteca", diz.
Parabéns Nagela por sua determinação, por sua persistência e por ter conseguido