Metrô tem movimento tranquilo em trens e plataformas após fim
da greve
Situação estava normalizada por volta das 18h30 desta quarta.
Metroviários encerraram greve após fechar acordo com companhia.
O movimento tranquilo nos trens e nas
plataformas do Metrô surpreendeu, na noite
desta quarta-feira (23), os passageiros que
aguardaram a normalização do sistema para
voltar para casa. De acordo com o Metrô, a
situação em todas as linhas estava normalizada
por volta das 18h30, depois do fim da greve dos metroviários. Os paulistanos enfrentavam, porém,
muitas filas em pontos de ônibus pela cidade.
Por volta das 18h40, o embarque na estação Barra Funda, da Linha 3-Vermelha, era bastante
tranquilo. O G1 circulou até a Estação Sé e conversou com passageiros surpresos com o
movimento. "Geralmente a essa hora não conseguimos nem entrar no trem, e
hoje estamos viajando sentados", diz Tiago Lima Reis, de 28 anos, que voltava
do trabalho com o colega Nielso Silva, de 25 anos.
Nos vagões, havia lugares vazios para os passageiros e a espera pelos trens ocorria sem tumultos e
quase sem filas às 19h. O Metrô informou que, às 18h35, as linhas 1-Azul, 2-Verde e 3-Vermelha –
que tiveram trechos de circulação interrompidos pela greve – operavam normalmente. O Sindicato
dos Metroviários decidiu encerrar a paralisação pouco antes das 16h30, em assembleia na Zona
Leste de São Paulo.
Pontos de ônibus
Se as estações do Metrô estavam tranquilas, os paulistanos enfrentavam muito sufoco nos pontos
de ônibus pela cidade. Por causa do excesso de passageiros em um ponto em
frente ao Largo da Concórdia, na Zona Leste de São Paulo, foi preciso interditar
uma faixa da Avenida Rangel Pestana por volta das 17h40.
O fiscal de ônibus Fábio Radeschi fazia força para
tentar fechar as portas dos coletivos que paravam
em um ponto da Avenida Rangel Pestana por
causa do excesso de passageiros. “O pessoal não
está cabendo”, disse ele. O ônibus saiu do Parque
Dom Pedro em direção ao Terminal São Mateus.
Desesperados, alguns passageiros tentavam
Por volta das 18h, o técnico de ar-condicionado Clinger Lobato e sua mulher Débora Duarte, grávida
de seis meses, esperavam havia mais de uma hora para entrar em um dos ônibus em direção a
Aricanduva. “Nós já tentamos entrar cinco vezes, mas não dá”, reclamou ele. “Se tivesse Metrô, já
teríamos chegado em casa.”
de seis meses, esperavam havia mais de uma hora para entrar em um dos ônibus em direção a
Aricanduva. “Nós já tentamos entrar cinco vezes, mas não dá”, reclamou ele. “Se tivesse Metrô, já
teríamos chegado em casa.”
No Terminal Parque Dom Pedro, no Centro do São Paulo, o movimento só aumentava no fim da
tarde desta quarta-feira. As filas de passageiros eram enormes e os ônibus não davam conta da
demanda. Diariamente, o terminal recebe cerca de 200 mil passageiros. Nesta quarta-feira, em torno
de 800 mil pessoas passaram por lá.
tarde desta quarta-feira. As filas de passageiros eram enormes e os ônibus não davam conta da
demanda. Diariamente, o terminal recebe cerca de 200 mil passageiros. Nesta quarta-feira, em torno
de 800 mil pessoas passaram por lá.
A jovem Roberta Larissa Silva Rodrigues, de 19 anos, trabalha como operadora de telemarketing na
República. Em dias normais, leva uma hora no trajeto entre Arthur Alvim e o Centro. Nesta quarta
saiu às 8h e chegou meio-dia ao trabalho. Quando soube do fim da greve, arriscou buscar uma
estação do Metrô, mas encontrou as portas fechadas.
República. Em dias normais, leva uma hora no trajeto entre Arthur Alvim e o Centro. Nesta quarta
saiu às 8h e chegou meio-dia ao trabalho. Quando soube do fim da greve, arriscou buscar uma
estação do Metrô, mas encontrou as portas fechadas.