quinta-feira, 24 de maio de 2012

Médico é indiciado por RACISMO

Entre os xingamentos, ele teria dito que a funcionária, negra, deveria voltar para a África. Não foi 


um episódio isolado: o Fantástico conversou com duas outras vítimas desse médico.










Esta semana, um médico foi indiciado por ofender e humilhar uma atendente de cinema em Brasília. 

Entre os xingamentos, ele teria dito que a funcionária, negra, deveria voltar para a África. Não foi um 

episódio isolado: o Fantástico conversou com duas outras vítimas desse médico.

“Me senti muito humilhada, com a forma que ele falou, como se eu fosse um lixo, um zero à esquerda, 

entendeu? É uma coisa que marca muito a gente”, lembra a atendente de cinema Marina Serafim.

A humilhação aconteceu há uma semana, no cinema em que Marina trabalha, em um shopping de 

Brasília. O médico mineiro Heverton Octacílio de Campos Menezes, de 62 anos, alegou que estava 

atrasado para a sessão e quis ser atendido antes, mas foi impedido pela funcionária.

“Aí ele já começou a se exaltar, disse que eu estava sendo muito grossa com ele, porque eu era dessa 

cor, que eu estava no lugar errado, que meu lugar não era ali, lidando com gente, era lidando com 

animal. Deveria estar morando na África, cuidando de orangotangos”, relata Marina.

Heverton saiu correndo após os xingamentos. Depois de ouvir todas as agressões, a Marina decidiu 

procurar a polícia e denunciar o médico, que já foi indiciado pelo crime de injúria discriminatória, mas 

essa não foi a primeira ocorrência policial no currículo do doutor Heverton.

O Fantástico encontrou duas outras vítimas dele, que preferiram não se identificar. Uma mulher viu o 

caso de Marina pela televisão e reconheceu o agressor: o mesmo homem que a havia ofendido em um 

café em 2009.

“Chegou um senhor ao meu lado, insultando os garçons, dizendo que nordestinos eram todos doentes 

e que nordestinos tinham que morrer. Eu falei: ‘senhor, eu sou nordestina, não sou doente não tenho 

problema nenhum’. Ele insistiu continuo falando e disse que: ‘sim, são todos doentes e deveria se fazer 

com os nordestinos, o que Hitler fez com os judeus’”, lembra.

Na época, ela foi à delegacia e registrou um boletim de ocorrência, mas Heverton não chegou a ser 

identificado. Depois de vê-lo na TV, a vítima voltou à polícia, e a investigação será reaberta.

Outra mulher também reconheceu o médico que a ofendeu em 2002: “Ele falou para mim ‘você está 

atrapalhando a fila porque isso aqui é uma republiqueta de bananas da qual você é a maior 

representante, sua negrinha", diz a mulher.

Ela trabalhava como mesária na eleição. “Ele queria me bater. Ele ficou fora de si”, ela conta.

Heverton de Campos Menezes é solteiro e não tem filhos. Ele é médico endocrinologista e atua como 

psicanalista, apesar de não ter sido aceito pelas Sociedade de Psicanálise de Brasília.

“Ele não é reconhecido como psicanalista”, alerta Luciano Lírio, presidente da Sociedade de 

Psicanálise de Brasília.

Os psicanalistas passam por uma formação de pelo menos cinco anos, depois de terminar o curso de 

medicina ou psicologia, por exemplo. “A pessoa que tem uma expressão de violência e de 

agressividade contra uma pessoa é uma pessoa que não está em boas condições para aceitar um 

paciente”, avalia Luciano Lírio.

Segundo o delegado Marco Antônio de Almeida, nos últimos 18 anos foram abertos pelo menos cinco 

inquéritos por injúria contra Everton, sendo dois por ofensas raciais. Mas ele nunca foi condenado. O 

novo inquérito vai ser encaminhado na segunda-feira (7) à Justiça.

“Eu não tenho dúvida que as provas que foram produzidas serão analisadas pelo Poder Judiciário e 

serão fortes o bastante para que ele seja sim processado e responsabilizado penalmente dessa vez”, 

avalia o delegado.

O Fantástico procurou Heverton e seu advogado. O médico chegou a combinar uma entrevista, mas 

não atendeu mais a reportagem. Na sexta-feira (4), ele não quis responder às perguntas do delegado, 

negou as acusações e leu uma carta.

“As mais sinceras desculpas públicas por tão lamentável episódio e mal-entendido. Quero dirigi-las 

especialmente à senhorita Marina Serafim Reis e a sua família”, anunciou.

“Que ele tenha uma lição: aprenda a ter educação e a tratar bem as pessoas”, torce Marina. 



 Preconceito no BRASIL? PARTINDO DE UM MÉDICO QUE TERIA SIDO , CREIA, PSICANALISTA?


ME RECUSO A COMENTAR...ELE NÃO VALE UMA SÍLABA DA MINHA PARTE!


http://simonnemachado.blogspot.com.br/


Professora  Psicopedagoga Simonne Machado

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Espero sinceramente ser útil a você.

Muita Luz e Paz!

Professora Simone Calixto